Sentou-se na frente daquele que considerava seu amado. Sua vontade mais íntima era a de socar-lhe o rosto. Pensou, entoou um mantra, rezou para a vontade passar. Ela, dona de si, não passou.
O que fazer agora? Antes, tinha somente o amado pra negociar suas exigências: respeito, carinho, sexo bom, inteligência. Agora, era mais aquela vontade que consumia seu peito e fazia cócegas em suas mãos.
Sua cabeça já pedia misericórdia: - Calma, decida com quem negociar!! Percebeu que com aquela vontade nao tinha conversa: ou vai ou racha! Ou seja, o soco tava pronto pra sair de suas entranhas, com a gana de um pugilista e certeiro como um míssel... Deu um tempo, a vontade se aquietou. Beleza!Pensou...mais tempo pra falar com ele.
Falou de tudo, despejou suas mágoas, escancarou sua dor! Ele, tipo "nem ai" só disse que ela tava exigindo demais. Putzzzz!! Falou besteira, vacilou e não deu outra:sentiu na cara o soco que gritava pra sair!!
